quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Semana da Consciência Negra

Durante o mês de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra, não apenas para relembrarmos um marco histórico – a morte do Zumbi dos Palmares – mas, principalmente, para refletirmos acerca do papel do negro na nossa sociedade. Conforme o dia 20 de novembro se aproxima, percebemos o surgimento de diversas atividades que nos instigam a debater e questionar a temática que está presente no nosso cotidiano durante o ano inteiro.

A Unidade de Documentação e Memória da Carris trabalhou na realização de duas exposições que foram lançadas recentemente tendo em vista a Semana da Consciência Negra: “Viva o Samba! A Identidade Negra no Carnaval Porto-Alegrense”, no Mercado Público até dia 02/12, e “(En)Foco: memórias, esquecimentos, representações”, que ficará na Galeria Mário Quintana na Estação Mercado do Trensurb até dia 05/12. Não podemos esquecer da "Visões Além da Retina", no Solar dos Câmara até o dia 29/11. Após essas datas, elas irão itinerar pela Capital, preferencialmente nas regiões fora do eixo central, ampliando o acesso às exposições.

O projeto itinerante VIDHAS, que durante todo o ano de 2011 circulou pelas escolas de Porto Alegre com os banners, também terá uma programação especial neste mês. O estagiário curricular de História, Gabriel Egger, um vídeo que destaca discursos de grandes ícones na luta pelo Direitos Humanos como Nelson Mandela e Martín Luther King, e algumas considerações dos palestrantes do projeto sobre a Semana da Consciência Negra que será veiculado nas escolas participantes no mês de novembro, mostrando a visão de cada um deles sobre a importância de destacarmos essa data. Além disso, ele trará algumas contribuições para o blog, comentando sua experiência com os alunos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dom Bosco recebe VIDHAS


Quando entrei no setor de Documentação e Memória da Carris, em maio deste ano, uma das responsabilidades delegadas a mim foi a agenda do projeto itinerante Vidhas. Enquanto estagiário de Museologia, achei interessante entrar em contato com instituições e ver como funciona a dinâmica entre o setor que oferece uma exposição e as escolas que irão recebê-la, além do crescimento pessoal através da experiência que seria adquirida.

            A prioridade, primeiramente, foram as escolas da rede estadual e municipal, porém as instituições da rede privada não deixaram de ser contempladas, não restringindo o acesso à exposição. Após 10.500 crianças atendidas no primeiro semestre e a agenda praticamente lotada para o segundo, reservei uma data e inclui o Colégio Salesiano Dom Bosco no circuito do Vidhas. A relação com essa escola é especial e se consolidou ao longo dos quinze anos em que estive lá, começando no maternal e saindo, somente, quando me formei no Ensino Médio. Levar a exposição, além de ser parte do trabalho, foi uma forma de agradecimento por tudo aquilo que me foi passado.

            A realidade dos alunos do Dom Bosco, assim como de outras escolas particulares, difere muito das escolas públicas de periferia. O número de estudantes negros ainda é muito pequeno nas instituições privadas, ficando evidente a desigualdade social e econômica. Logo, foi muito importante levar um trabalho de conscientização ao colégio onde estudei e construí minha história, valorizando e apoiando uma instituição de ensino que está preocupada em mostrar para seus alunos as diferentes realidades que compõem a nossa sociedade.

Pedro Girardi

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carris nas Escolas 2011: ano do afrodescendente

Este ano a Declaração Universal de Direitos Humanos completará 63 anos. No entanto, muitos direitos ali estipulados ainda não se efetivaram. As ditas “minorias” - que muitas vezes representam maiorias – permanecem vítimas de discriminações, acabando por ter suas vidas cerceadas. Um desses grupos, com histórico de repressão e luta pela efetivação de seus direitos, são os negros. No Brasil, as marcas dos aproximadamente quatrocentos anos de escravidão, após mais de cem anos de abolição, permanecem como páginas não só presentes nos livros didáticos, mas como consequências que atingem nosso cotidiano.
Em dezembro do ano passado inauguramos a exposição ViDHas: histórias de lutas e conquistas dos negros pelos Direitos Humanos. Composta por 21 banners, a mostra demonstra o histórico dos negros pela efetivação de seus direitos. A partir de uma perspectiva linear, iniciamos em um contexto mundial até as antigas e atuais histórias dos negros em nossa Capital, acompanhada de alguns dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Com o objetivo de atender um público maior e de estabelecer um diálogo com a comunidade escolar, a mostra está itinerando pelas instituições de ensino da cidade. Nesse ano, quando foi lançado pela ONU o Ano do Afrodescendente, estamos propondo ampliar o debate sobre uma importante temática da nossa realidade social, enfatizando que esta problemática não deve estar presente somente em grupos isolados, mas discutida como uma questão da sociedade. Cada escola, além da exposição, recebe uma palestra, ministrada por um dos 04 representantes atuais destas lutas. Até o momento, 11 instituições já participaram, totalizando 10.405 alunos. O objetivo é trazer questões referentes aos Direitos Humanos para o nosso cotidiano, destacando a importância das nossas ações prosaicas como constituintes das estruturas sociais. Nesse sentido, buscamos colocar os alunos como sujeitos dos processos históricos que estruturam o nosso presente, promovendo um olhar crítico e participativo nos discentes. 
Este projeto configura parte do Programa Memória Cidadã, desenvolvido pela Cia. Carris Porto-Alegrense. Assim, convidamos a todos para acessarem o blog e debaterem conosco ações que visam à promoção da cidadania e a inclusão social.
Carris e Porto Alegre: mais de um século de Companhia.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EMEF Jean Piaget e Victor Issler: duas experiências do VIDHAS

Confira os textos que Lorecinda Abrão nos enviou contando sua participação nessas duas escolas:

Nova Experiência: EJA EMEF Jean Piaget

Era uma noite agradável de quarta-feira, mais precisamente 10/08.
Mesmo verificando o local com antecedência e tentando prever quanto tempo seria necessário para ir do Centro Histórico até à Escola Jean Piaget no bairro Parque dos Maias, os planos não deram certo.
O atraso para palestra fez com que eu pensasse ainda mais em fazer valer a pena para aquelas pessoas o tempo de espera. A recepção do Diretor da escola foi muito acolhedora.
Foi um momento ímpar: pessoas maduras, com histórias de vidas e muito à contribuir com a nossa reflexão.
Após a exposição, verifiquei que cada participante conseguiu perceber a grande importância das ações que tenham realizado e que é possível contribuir para uma sociedade mais justa com simples atitudes.
Obrigada Escola Jean Piaget por participar do projeto VIDHAS!

EMEF Dep. Victor Issler – Muita Vida

Coisa boa poder ter esse contato com as crianças e jovens, identificados com histórias muito parecidas com a minha.
A exposição estava em um local de ótimo acesso no corredor do prédio da direção da escola onde muitas crianças passam.
O que mais me emocionou nesta visita foi a participação das crianças com perguntas, respondendo e interagindo de uma forma muito viva.
Ao final algumas crianças vieram me abraçar e senti que levava algo muito bom dali e deixava para eles um pouco de mim também!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Escola Gabriel Obino

Troca Rica - Jorge Terra


          Em 27.08.2011, em decorrência do Projeto VIDHAS da empresa Carris, estive na Escola Municipal Gabriel Obino para conversar sobre direitos humanos, mais especificamente sobre diversidade racial.           Havia professores e alunos do EJA (educação de jovens e de adultos). O interesse, os questionamentos e as trocas de informações, fez-nos nem perceber a passagem das cerca de 2h30min de conversa. Ocorreu, portanto, o que denomino de troca rica.
         Nas proximidades da Escola, há um quilombo, o dos Alpes, e os professores, em sala de aula e em outras atividades, costumam abordar temas referentes às diversidades social e racial. Tais fatos, aliados às experiências de cada um e de todos, levaram a um debate proveitoso e enriquecedor.
        Além do roteiro originário do projeto, pode-se tratar de protagonismo social, de afastamento da vitimização e de autoestima como força motriz para transformações de vidas individuais e de grupos.
       A diligente professora Lisane Mallet, encarregada das promoções culturais na escola, ao final da atividade, já anunciava a intenção de levar à escola pessoa que pudesse falar sobre a situação atual de alguns países africanos. O tema gerou interesse dos alunos a partir de atividades e das aulas ministradas pelo professor de História Jovani Scherer.
      Foi um momento ímpar que, em virtude do projeto supradito ou de outro, deverá ser repetido.

Jorge Terra.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Primeiras Impressões: Projeto VIDHAS na EMEF Antônio Giudice

Texto por Lorecinda Ferreira Abrão.

Estou muito feliz e realmente entusiasmada com  a proposta do Projeto Itinerante VIDHAS.
Principalmente por fazer parte e poder compartilhar das experiências de aprendizado na comunidade, especialmente no ambiente escolar.
Minhas primeiras impressões sobre a receptividade do projeto foram muito boas. O professor que nos recebeu foi bastante atencioso.
Da mesma forma os adolescentes que assistiram a palestra foram participativos e compenetrados.
Fizemos a apresentação logo após o intervalo e isso levaria a crer que o público estaria mais agitado, porém me surpreendi com a atenção que foi despendida.
Ao final alguns alunos vieram conversar e me abraçaram de uma forma muito fraternal.
Ainda temos que avançar quanto à estrutura para o projeto, com os porta banners para exposição, por exemplo.
Contudo, creio que estamos no caminho certo divulgando àqueles que são o futuro do nosso país uma história de lutas e principalmente de conquistas pelos Direitos Humanos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Escravidão no Brasil


A escravidão no Brasil começou no século XVI e foi um processo muito extenso e complexo para ser resumido em um texto. A Abolição ocorreu no final do século XIX, com datas diferentes em algumas localidades do país. Desta forma, temos pouco mais de 100 anos de libertação, comparados a quase 400 anos de escravidão, se considerarmos seu fim com a Lei Áurea, em 1888.
Trazidos de diferentes regiões do continente africano, formado por distintos costumes, idiomas e crenças, os negros que aqui chegavam tinham sua cultura oprimida. Afastados de suas famílias, de seus lugares de convivência, passavam por um processo que desejava a anulação de suas identidades. Vindos em navios insalubres e vendidos como mercadorias, os negros eram integrados a sistemas que até então desconheciam. Trabalhando em plantações, serviços domésticos ou comerciais, os escravizados supriam a carência de mão de obra. São múltiplas as relações mantidas entre amos e negros escravizados, indo desde uma relação estratificada e cruel até uma negociação com possibilidade de compra da liberdade. A Abolição foi o resultado de quatro séculos de pequenas negociações constantes, através de atos de resistência passiva e ativa, que se configuravam na conservação de manifestações culturais, insurreições e formação dos quilombos. As feridas abertas pela escravidão seguem marcadas na vida da população brasileira. As violações aos direitos humanos e o preconceito étnico permanecem vivos. A mudança deste cenário é um processo em construção, que deve banir o desrespeito à pluralidade étnica.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lançamento do Projeto no Paço Municipal



O Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, 
a Secretária Municipal de Educação, Cleci Jurach,
o Diretor-Presidente da CARRIS, João Pancinha,
e o Coordenador do Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro, Clóvis André  da Silva,

têm a satisfação de convidar Vossa Senhoria para o
Lançamento do Projeto “VHIDAS” itinerante,
nas Escolas da Rede Municipal de Ensino,
a realizar-se às 15 horas do dia 08 de junho de 2011,
 no Salão Nobre do Paço dos Açorianos, Praça Montevideo, 10 – Centro Histórico.

* Este Projeto visa à divulgação da vasta contribuição do Povo Negro na Capital.
Na ocasião a Fundação Banco do Brasil irá entregar para as escolas municipais o Kit "João Cândido a luta do Direitos Humanos". Material produzido no Projeto Memória 2008.
E a Prefeitura Municipal, através do Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro entregará o livro "João Cândido: a Revolta da Chibata", de Paulo Ricardo de Moraes.
 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Iniciamos nossa jornada


Essa semana, iniciamos a itinerância de nossa exposição na Secretaria de Educação do estado. Ontem (quarta feira), a palestra foi ministrada por João Cândido, bisneto do Almirante Negro João Candido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, movimento ocorrido no Brasil em 1910 e que pôs fim aos maus-tratos a marinheiros a bordo dos navios brasileiros pela Marinha. Agradecemos à participação e atenção recebidos pela secretaria do estado desde o primeiro contato e pela disposição com que nos receberam. Semana que vem já iniciamos as visitas às escolas e reiteramos que a agenda continua aberta às escolas interessadas. Confira notícia da exposição na página da SEC.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Apartheid


Talvez o capítulo mais triste da história recente da África do Sul, o Apartheid foi um regime de  segregação étnica  adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul . Nesse sistema a dignidade da maioria negra foi continuamente cerceada pela minoria branca, negligenciando questões vitais referentes aos direitos humanos.
A segregação étnica na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos étnicos, separando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de 1958, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantusões. Os negros tinham em saúde, educação e outros serviços públicos, atendimentos e produtos inferiores aos da população branca.
Reformas no regime durante a década de 1980  não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990 o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multiétnicas e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo  Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela . Entretanto, os vestígios do apartheid ainda fazem parte da política e da sociedade sul-africana,  não só em relação à população negra, mas também com outros grupos, como os chineses. Os resquícios desse regime sinalizam a importância da continuidade na luta pelos direitos humanos, combatendo a intolerância entre os diferentes grupos que compõem a sociedade.




segunda-feira, 25 de abril de 2011

I have a dream


Com a frase que marcou sua vida “I have a dream” (eu tenho um sonho), Martin Luther King tornou-se uma das figuras mais importantes do século XX no que se refere à luta pelos direitos humanos. Nascido em Atlanta, em 1929, foi o mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência ao preconceito étnico nos Estados Unidos. Pastor protestante, Martin enfatizava a “não violência” como forma de vencer os conflitos, na conquista da liberdade e da igualdade de direitos.
Participou da fundação da Southern Christian Leadership Conference (Conferência de lideranças Cristã do Sul)  que deveria organizar o ativismo em torno da questão dos direitos civis. King era seguidor das ideias de desobediência civil não violenta preconizadas por Mohandas Gandhi (importante líder político indiano na luta pelos direitos humanos). Ele organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei dos Estados Unidos, como a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) , e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Igualdade e diversidade

Frase do Boa Ventura Santos que inspira essa exposição: "Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza".

Direitos Humanos: 62 anos de uma longa história (textos dos banners)



Há 62 anos, no dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Celebrado no mundo inteiro, esse dia é um marco numa história de lutas e conquistas pela igualdade de direitos: não importando a etnia, a crença ou a cultura. No entanto, o ideal de universalidade e igualdade, racionalmente constituído, tem origem no pensamento iluminista e na Revolução Francesa.
O tema da Revolução Francesa “liberdade, igualdade e fraternidade” pode ser visto como um dos elementos fundadores e inspiradores para o conceito de Direitos Humanos contemporâneo. Com o nome de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a França abria caminho para a defesa do direito individual e coletivo. Sem nobreza x plebeus e hierarquia pré-definidas na sociedade, estaria aberto o caminho para que outros também apresentassem a defesa de seus direitos por meios legais. A carta dos direitos humanos representou, desta forma, uma vitória, dentro de uma história de reivindicações e lutas para que todos tivessem, por meio da lei, seus direitos garantidos. Isso não significa dizer que não há violações quantos aos direitos humanos, mas que existe base legal para a defesa dos têm seus direitos violados.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade (... ).Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas (...).Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei”. Declaração dos Direitos Humanos, ONU.




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como surgiu a exposição?

A exposição “VIDHAS: história de lutas e conquistas dos negros pelos Direitos Humanos” surgiu quando a equipe da Memória Carris foi desmontar a exposição fotográfica “Visões Além da Retina: memórias, esquecimentos e representações”, que ocorreu em novembro de 2010, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Na ocasião, conversando com o Historiador Jorge Barcellos, Diretor do Memorial da Câmara, surgiu a proposta de realizarmos uma exposição sobre Direitos Humanos, relacionando com parte da mostra Visões Além da Retina, que abordou como temática o povo negro em Porto Alegre. Foi então que se constitui o desafio de realizarmos esta exposição com objetivo de fomentar o debate sobre os Direitos Humanos, a partir da trajetória de lutas e conquistas de um grupo étnico específico: os negros. Entre os aspectos históricos e sociais que abordamos nesta mostra, destacamos que os fatos apresentados, sejam eles contemporâneos ou dos séculos passados, são constituídos através de pessoas, de vidas, o que demonstra a importância de nossa atuação cidadã, como agentes sociais dos processos históricos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Abertura do blog

Partindo da exposição sobre Direitos Humanos, lançada ano passado (2010), na Câmara de Vereadores em Porto Alegre, nosso intuito com este blog é divulgar a mostra, divulgar sua composição e ampliar  o debate sobre um tema que é ainda recente na história ocidental. A exposição é composta por 22 banners, abarcando a constituição dos Direitos Humanos sobre o ponto de vista de um grupo étnico específico: os negros. Iniciando com os eventos mundiais no que conhecemos como inciadores dos Direitos Humanos, como a declaraçãode 1948, passamos por figuras como Martin Luther King, até chegar ao Brasil, abarcando a história da escravidão, a formação de quilombos e a história das lutas dos negros na nossa Capital. Na contemporaneidade apresentamos quatro pessoas que, por suas trajetórias individuais, se destacam na luta pelos Direitos Humanos em nossa socidade. São elas que vão fazer as palestras nas escolas, propiciando o debate e a troca de conhecimentos. Nas próximas postagens vamos divulgar partes da exposição, estimular o debate e colocar links e textos relacionados ao tema. Como estamos na fase de lançamento, divulgação e início das inscrições de escolas que desejam receber a mostra, divulgo abaixo nossos contatos. Na foto, os palestrantes da exposição, breve colocaremos suas trajetórias aqui também.
  Memória Carris: 32892168 
carrismemoria@gmail.com