segunda-feira, 1 de abril de 2013

O ViDHas continua circulando...

A Exposição VIDHAS, é um sucesso. Desde 2010 circulando por Porto Alegre, ela destaca a LUTA dos NEGROS pelos DIREITOS HUMANOS. Uma temática muito atual, e importante de ser debatida para que a barreira do preconceito seja rompida de uma vez por todas.
Na semana passada ela esteve na escola Agronomo Pereira ali no bairro Agronomia em Porto Alegre. A escola aproveitou tanto que inúmeros foram os pedidos do Aluno da  História da PUCRS : Eduardo Freitas, que participa do projeto PIBID, um projeto bem interessante que busca inserir os licenciandos nas escolas para que eles realizem práticas de ensinos diversificadas e cada vez mais atraentes aos educandos, infelizmente não pudemos estender a permanência do VIDHAS nessa escola devido ao número grande de escolas que já agendaram o VIDHAS agora esta na escola Coelho Neto, na Bom Jesus semana que vem passo aqui e conto para vocês como foi essa visita.
Já a exposição (EN) foco também está circulando, tratando de locais de representação da cultura negra ela é bem didática e mostra locais que muitas pessoas não sabem o valor histórico e cultural que esta presente neles. Ela estava na escola Vereador Carlos Pessoa de Brum, e foi para Escola Bento Gonçalves.

Abaixo confira imagens da Exposição VIDHAS na Agronomo Pereira.


terça-feira, 26 de março de 2013

Exposição VIDHAS no AGRONOMO PEREIRA:


No post inicial desse blog eu contava pra vocês que a partir desta semana aconteceria algo especial na escola. Deu tudo certo! Hoje começamos a montar a exposição "VIDHAS: histórias de lutas e conquistas dos negros pelos Direitos Humanos", que é uma exposição intinerante criada pela Carris e que vocês podem conferir mais informações aqui.

Já organizamos o espaço e começamos a instalar os banners da exposição. Aconteceu uma coisa muito legal enquanto fazíamos o trabalho: alunos da 1ª série ficaram muito curiosos e fizeram muitas perguntas a respeito do que estava acontecendo ali. A principal dúvida deles era se a exposição seria só para os "grandes" ou se eles poderiam visitar também. Quando souberam que também seriam convidados ficaram muito felizes! Vai ser um evento bem legal na Pedro Pereira e estão todos convidados a participar.

Pibidiano Eduardo Freitas

Retirado do Blog:http://blogpedropereira.blogspot.com.br/

sexta-feira, 22 de março de 2013

Espanha, Cuba e Porto Rico



Agustín Argüelles e José Miguel Guridi apresentaram às Cortes de Cádis uma proposta abolicionista a 1 de Abril de 1811, sem sucesso. A 13 de Agosto de 1813 o deputado Isidoro de Antillano y Marzo faz uma nova proposição, mas sem eficácia (foi mesmo objeto de um atentado que quase acaba com a sua vida). A Constituição de Cádis põe especial cuidado em distinguir as condições deespanholhomem livreavizinhadoliberto  cidadão espanholservente doméstico , estabelecendo requisitos especiais para a obtenção da cidadania para os originários da África .
José María Blanco White criticou a escravidão em Bosquejo de comercio de esclavos y reflexiones sobre este tráfico considerado moral, política y cristianamente (Londres, 1814).
Cuba e Puerto Rico eram as últimas colônias espanholas na América, e nelas a escravidão tinha um peso econômico decisivo. A posição internacional de Inglaterra contra o tráfego de escravos impedia um fácil abastecimento. O caso do barco Amistad cujos escravos se rebelaram, e que foi conduzido para os Estados Unidos, ocasionou um conflito jurídico e diplomático (sobre o assunto fez-se um filme de Steven Spielberg, 1997). As sucessivas sublevações em Cuba do último terço do século XIX, até a Guerra de Independência cubana de 1895-1898, tiveram como uma das suas causas as polêmicas entre escravidão e abolicionismo.
A pressão internacional promoveu leis contrárias ao comércio de escravos em 1817 (em troca de um pagamento por Inglaterra de 400.000 livras como compensação), 1835 e 1845. A reiteração das leis era prova da sua ineficácia. Em 1837 foi promulgada a abolição da escravidão no território metropolitano, mas não nos territórios de ultramar, onde a presença de escravos era realmente significativa, demográfica e economicamente.
Sociedade Abolicionista Espanhola foi fundada em 2 de Abril de 1865 a iniciativa do porto-riquenho Julio Vizcarrondo. A Sociedade Abolicionista abriu seções em Sevilha, Leão, Barcelona e Saragoça. Em 1866 a Sociedade foi fechada pelo governo de general Narváez, coincidindo com a agudização da repressão política contra os progressistas.
Após a Revolução de 1868 o ativismo abolicionista impulsionou a lei Moret (4 de Julho de 1870, chamada assim por Segismundo Moret, ministro de Ultramar e posteriormente de Fazenda; também recebeu o nome de lei de ventres livres ou de liberdade de ventres). Com ela foi concedida a liberdade a qualquer nascido posteriormente a 17 de Dezembro de 1868, bem como aos escravos maiores de 60 anos ou que ajudassem a repressão da sublevação independentista simultânea em Cuba e Porto Rico.
Posteriormente, com a Primeira República, foi proclamada a abolição da escravidão em Porto Rico (22 de Março de 1873), embora não em Cuba. O número de escravos em Porto Rico era significativamente menor (trinta e um mil).

Restauração (1875) começou impedindo o funcionamento da Sociedade Abolicionista, mas em 1880 foi permitida. Em 7 de Outubro de 1886 a escravidão desapareceu legalmente. A Sociedade Abolicionista dissolveu-se em 1888.

quarta-feira, 20 de março de 2013

VIDHAS 2013: INICIO DAS ATIVIDADES

Olá pessoal! O Projeto VIDHAS, já inciou o ano com toda a força. Começamos nossas atividades na Escola Danilo Antonio Zaffari. A escola gostou muito da exposição um dos relatos da escola foi este ao responder nosso questionário:" Qual a maior qualidade da exposição? Propiciar a discussão sobre as questões étnicas e perceberem que também podem mudar suas histórias de vidas". É bem isso que a exposição retrata, essa questão dos Direitos Humanos e das desigualdades deve ser muito debatida para que as pessoas possam ser agentes das mudanças, mudando essa realidade para superar o preconceito que está muito presente na nossa sociedade.
A escola, gostou muito dessa questão de itinerância pois o conhecimento vai até o aluno e essa é uma maneira muito interessante de se trabalhar, pois muitas vezes as escolas são carentes fazendo com que o jovem não consiga  ter contato com outros saberes. A mensagem da exposição de que podmeos sim mudar nosso destino tirando a ideia da mente de que "eu nasci assim e devo continuar assim", é algo que não é certo pois quando temos uma força de vontade ela é aliada nessa batalha contra o preconceito e as injustiças.

PESSOAL! A EXPOSIÇÃO CONTINUA ITINERANDO, A PROCURA É TÃO GRANDE QUE ATÉ O DIA 17/6 ESTAMOS JÁ COM A AGENDA CHEIA! O mês de outubro e de novembro também estão cheios, restando apenas o mês de dezembro, agosto, setembro, final de junho e o mês de julho.

ENTRE EM CONTATO!! NÃO PERCA ESSA ATIVIDADE!

Temos também a exposição (EN)FOCO, que trata-se de sete banners com fotografias de locais de representação da cultura negra na Capital, e imagem de várias pessoas que praticam diversas profissões e são negros, mostrando que o preconceito não é obstaculo.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O mestre-sala dos mares

O mestre sala dos mares

O texto que iremos publicar foi escrito por Carlos Roberto da Costa Leite, coordenador do setor de imprensa do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. Este texto foi publicado pelo jornal "Correio do Povo", na última segunda-feira de carnaval. Como os leitores poderão perceber, o texto faz uma análise bastante interessante do carnaval a partir de um samba enredo de 1973 que contava a história de João Cândido Felisberto, o Almirante Negro. Vale a pena comentar que nosso setor já levou para o Museu de Comunicação uma exposição, que entre outras coisas, falava sobre João Candido. Tratava-se da exposição "ViDHas" que, inclusive, encontra-se aberta para novos agendamentos em 2013. Fica o convite para a leitura do texto e para os comentários de nossos visitantes.  

O mestre-sala dos mares

Carlos Roberto da Costa Leite*
  A abolição da escravatura (1888) ocorreu sem inclusão social, restando aos libertos a pobreza, o subemprego e o estigma de 400 anos de escravidão. Este quadro excludente, o historiador Décio Freitas (1922-2004) conceituou de Brasil inconcluso.
   Em nosso país, entre outras contribuições, o samba se constitui numa herança musical do negro, representando uma das formas da sua resistência cultural. O samba 'O Mestre-Sala dos Mares' (1975), de João Bosco e Aldir Blanc, é um relicário desse gênero musical, cuja letra foi censurada no regime militar (1964-1985) por trazer a público a figura de João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, personagem que a história oficial soterrou nos porões da memória nacional. Entre outras alterações na letra, destacam-se a substituição de marinheiro por feiticeiro e navegante no lugar de almirante.
  Neste momento, no qual o país vivencia o Carnaval, nada mais justo que nos lembremos do samba que evoca João Cândido. Essa composição poderia, também, ser batizada com o título de 'Mestre-Sala da Liberdade', devido à sua luta contra a opressão, a injustiça e o desrespeito à dignidade humana. Na escola de samba, o mestre-sala corteja e protege a porta-bandeira. No caso do Almirante Negro, ele defendeu a porta-bandeira da liberdade no bailar das águas.
   O 'mestre-sala dos mares' nasceu em Encruzilhada no RS, em 24/6/1880. Filho dos ex-escravos João Felisberto e Inácia Cândido Felisberto, serviu na Marinha do Brasil durante 15 anos.
  À noite, em 22/11/1910, eclodiu, no Rio de Janeiro, a Revolta da Chibata, devido aos castigos corporais sofridos pelos marujos. Após Marcelino Menezes ter sido punido com 250 chibatadas, no encouraçado Minas Gerais, a marujada, composta por 90% de negros pobres, rebelou-se liderada pelo Almirante Negro. O motim se estendeu a outros navios, sendo seus comandantes destituídos.
  Cerca de 2.300 homens comandaram os navios de guerra, direcionando mais de 80 canhões para o Palácio do Catete. Além da anistia, os marujos exigiam o fim dos castigos, aumento do soldo e redução da carga horária. Em 25/11/1910, o presidente Hermes da Fonseca (1855-1923) lhes deu anistia, porém, três dias depois, decretou as expulsões da Marinha e prisões. Os marujos, após devolverem os navios aos oficiais, foram surpreendidos: haviam sido traídos.
   Acusados de um segundo levante, 18 líderes foram presos na solitária do quartel da Ilha das Cobras. O Almirante Negro e outro marujo sobreviveram, os outros 16 morreram sufocados, devido à evaporação da cal misturada à água para lavar o local.
Em 1911, o Almirante Negro foi internado como louco. Ao obter alta, retornou para a prisão da Ilha das Cobras, saindo em 1912. Viveu o resto da vida pobre, como estivador e vendedor de peixe na praça XV do Rio de Janeiro. Casou-se três vezes e teve 11 filhos. Faleceu, aos 89 anos, em 6/12/1969, vítima de câncer. Porto Alegre presta homenagem a João Cândido no parque Marinha do Brasil por meio de um busto criado por Vasco Prado (1914-1998). Essa é uma réplica de outro que se encontra na tradicional Sociedade Floresta Aurora, fundada em 1872 por negros alforriados.
Coordenador do setor de imprensa do Musecom

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Exposição (EN) FOCO


“(En) Foco: memórias, esquecimentos e representações”. Esta é uma exposição constituída por três eixos temáticos: o primeiro apresenta as memórias institucionais, ou seja, os monumentos, prédios, ruas e estruturas que, de uma forma ou outra, estabelecem a relação do negro com Porto Alegre e são institucionalizadas como tal pelo poder público. Por outro lado, há lugares que não são oficializados, mas que têm, em sua construção, marcas da identidade negra na Capital. Estes locais de identificação serão apresentados no segundo eixo da mostra. Para além dos lugares físicos, o que faz a memória do negro são as próprias pessoas, portanto, a última linha da exposição abarca os sujeitos, vivos e presentes, que compõem as representações contemporâneas do negro no cotidiano porto-alegrense. Essa última parte é composta por fotografias de pessoas negras que exercem diferentes profissões. 

Você gostaria de recebê-la em sua escola?

entre em contato com a Memória Carris

3289-2168

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Aniversário de Martin Luther King




Martin Luther King

Martin Luther King nasceu em Atlanta (EUA), em15 de Janeiro 1929. Ainda jovem, aos 19 anos, foi ordenado pastor batista e algum tempo depois se formou como Teólogo, pelo Seminário Teológico de Crozer.

Para fazer uma pós-graduação, mudou-se para Boston, onde conheceu Coretta Scott, com quem se casou em 1953. No ano seguinte, King se tornou pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama.

Em 1955, aconteceu o incidente que levou a figura de King a ser conhecida como sinônimo de luta pelos direitos civis, conhecido como boicote aos ônibus de Montgomery. O boicote aconteceu por causa da prisão de uma negra que se recusou a ceder lugar no ônibus para uma passageira branca. Luther King, então, liderou o boicote aos ônibus de Montgomery, que durou um ano.

Como uma represália ao boicote, King teve sua casa bombardeada várias vezes e recebeu várias ameaças. Mas a Suprema Corte deu fim ao boicote, ao proibir qualquer tipo de discriminação racial.

Vitória de King e do pacifismo.

Em 1957, Luther King ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), organização de igrejas e sacerdotes negros, que consagra King seu líder. O objetivo da organização era acabar com as leis de segregação, usando apenas métodos pacíficos.

Inspirado pelo método pacífico de Gandhi, Luther King viajou até a Índia para compreender melhor esses métodos e aprimorar suas manifestações. Contribuiu amplamente para o reconhecimento dos direitos civis dos negros no seu país, em protestos como a campanha a favor dos direitos civis em Birmingham, Alabama, em 1963; a realização do censo para aprovação dos votos dos negros; o fim da segregação racial e a melhoria da educação e de moradia para os negros nos estados do sul.

Além disso, foi responsável por dirigir a histórica ”marcha” para Washington, em agosto de 1963. Foi nessa ocasião que fez o famoso discurso I have a dream (Tenho um sonho). E em 1964 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Ampliando suas preocupações, King se associou ao movimento contra a guerra do Vietnã e às lideranças brancas, em 1967. Recebeu muitas críticas das lideranças negras, que acreditavam que era preciso se preocupar com os problemas dentro de casa, primeiramente.

No ano seguinte, Luther King foi assassinado por um branco, fugitivo da cadeia. Seu assassino pegou a sentença de 99 anos de prisão.



28 de agosto de 1963 Washington, D.C.

Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Indepêndencia, estavam assinando uma nota promissória de que todo norte americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade.

Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso protesto criativo gere violência físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de nosssos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar.

Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amnhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano.

Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais".

Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.

Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim.

Martin Luther King




Link do video :


http://www.youtube.com/watch?v=siTs-8zbaq8








"O comunismo existe hoje por que o cristianismo não está sendo suficientemente cristão".
Martin Luther King