segunda-feira, 25 de abril de 2011

I have a dream


Com a frase que marcou sua vida “I have a dream” (eu tenho um sonho), Martin Luther King tornou-se uma das figuras mais importantes do século XX no que se refere à luta pelos direitos humanos. Nascido em Atlanta, em 1929, foi o mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência ao preconceito étnico nos Estados Unidos. Pastor protestante, Martin enfatizava a “não violência” como forma de vencer os conflitos, na conquista da liberdade e da igualdade de direitos.
Participou da fundação da Southern Christian Leadership Conference (Conferência de lideranças Cristã do Sul)  que deveria organizar o ativismo em torno da questão dos direitos civis. King era seguidor das ideias de desobediência civil não violenta preconizadas por Mohandas Gandhi (importante líder político indiano na luta pelos direitos humanos). Ele organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei dos Estados Unidos, como a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) , e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Igualdade e diversidade

Frase do Boa Ventura Santos que inspira essa exposição: "Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza".

Direitos Humanos: 62 anos de uma longa história (textos dos banners)



Há 62 anos, no dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Celebrado no mundo inteiro, esse dia é um marco numa história de lutas e conquistas pela igualdade de direitos: não importando a etnia, a crença ou a cultura. No entanto, o ideal de universalidade e igualdade, racionalmente constituído, tem origem no pensamento iluminista e na Revolução Francesa.
O tema da Revolução Francesa “liberdade, igualdade e fraternidade” pode ser visto como um dos elementos fundadores e inspiradores para o conceito de Direitos Humanos contemporâneo. Com o nome de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a França abria caminho para a defesa do direito individual e coletivo. Sem nobreza x plebeus e hierarquia pré-definidas na sociedade, estaria aberto o caminho para que outros também apresentassem a defesa de seus direitos por meios legais. A carta dos direitos humanos representou, desta forma, uma vitória, dentro de uma história de reivindicações e lutas para que todos tivessem, por meio da lei, seus direitos garantidos. Isso não significa dizer que não há violações quantos aos direitos humanos, mas que existe base legal para a defesa dos têm seus direitos violados.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade (... ).Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas (...).Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei”. Declaração dos Direitos Humanos, ONU.




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Como surgiu a exposição?

A exposição “VIDHAS: história de lutas e conquistas dos negros pelos Direitos Humanos” surgiu quando a equipe da Memória Carris foi desmontar a exposição fotográfica “Visões Além da Retina: memórias, esquecimentos e representações”, que ocorreu em novembro de 2010, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Na ocasião, conversando com o Historiador Jorge Barcellos, Diretor do Memorial da Câmara, surgiu a proposta de realizarmos uma exposição sobre Direitos Humanos, relacionando com parte da mostra Visões Além da Retina, que abordou como temática o povo negro em Porto Alegre. Foi então que se constitui o desafio de realizarmos esta exposição com objetivo de fomentar o debate sobre os Direitos Humanos, a partir da trajetória de lutas e conquistas de um grupo étnico específico: os negros. Entre os aspectos históricos e sociais que abordamos nesta mostra, destacamos que os fatos apresentados, sejam eles contemporâneos ou dos séculos passados, são constituídos através de pessoas, de vidas, o que demonstra a importância de nossa atuação cidadã, como agentes sociais dos processos históricos.