A Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, foi uma revolta ocorrida em Salvador, em fins do séc. XIX. Nela participaram ativamente membros das classes populares, como os alfaiates, que acabaram por intitular o nome do movimento.
As ações dos revoltosos as condições de vida precárias da população baiana. Na época, Salvador contava com aproximadamente 50 mil habitantes e sofria com a pobreza e falta de empregos.
A sublevação iniciou a partir de um grupo de maçons baianos, denominados Cavaleiros da Luz, que defendiam a separação da metrópole, a proclamação da República, o fim da escravidão colonial e dos privilégios para as elites (altos salários em cargos públicos isenção de impostos), entre outras questões. Em 12 de agosto de 1798 passaram a afixar panfletos manuscritos em lugares públicos com as revindicações descritas. Em pouco tempo os populares acabaram por conduzir à revolta. Tratavam-se majoritariamente de negros e mulatos que sofriam todo o tipo de preconceito, além de privações por suas péssimas condições de vida.
Na sequência, as manifestações incluíram a depredação da câmara local, saques aos armazéns em busca de alimento e o incêndio do Pelourinho, símbolo dos castigos penosos e execuções que os escravos sofriam.
Paulatinamente, o governo, através de forças militares, controlou as ações revoltosas e prendeu os rebeldes. Os soldados e alfaiates foram enforcados e esquartejados. Outros mulatos e escravos foram chicoteados em praça pública e depois remetidos para a África. Somente os membros da loja maçônica foram presos e cumpriram pena na Bahia.
Representação de uma reunião dos Cavaleiros da Luz na Bahia